nostalgia

Sabe aquela sensação de se sentir completa, e por uma frasão de segundos
você não sente mais aquela sensação de sorrir por dentro,
sente a podridão tomar conta de você, como quando a noite esconde
todo os raios de sol que atravessam sua janela.
Seu olhos se arregalam pelo medo, sua cabeça gira e seu estômago se revira.
Seu suor de pavor escorre pela sua face quente e pálida.
Você se agacha na esperança de se esconder daquilo,
mas não adianta, sua mente está paralisada imaginando o pior.
Então você pensa: "porque tudo isso? quem está fazendo isso?"
Seus pensamentos já não são mais bondosos com você, eles te julgam,
a culpa é toda sua, toda sua.
Mas após toda a dor, toda a fadiga de se sentir um lixo passa.
Você se ergue, olha em volta... e sente arder os olhos com o reflexo do sol.
Você caminha até a extremidade da porta, olha o que faz sua vida ser ilusória
e pensa: "Acho que eu não tenho parte de culpa por isso."
Afinal, os raios de sol, e lua refletindo nas águas, não me fazem sentir dor
quando essa dor é efeita por 'viver' demais.

o vento leste

Quando ouço os sinos da igreja tocarem, em uma tarde de dumingo, um pouco longe do entardecer, me pergunto como o vento balança as folhas das árvores e quais são os assuntos e pensamentos das pessoas lá fora.
Me pergunto então, quantas pessoas mais estão se fazendo essas perguntas, e se o vento de amanhã será como o de hoje.
Torcendo para que quando olhar pela janela, não me arrependa por mais um dia perdido.
E torcendo para que os sinos não parem de bater.